As anfetaminas são substâncias de origem sintética e com efeitos estimulantes. São frequentemente chamadas de speed, cristal ou anfes. As anfetaminas, propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina.
Quando estão em estado puro têm o aspecto de cristais amarelados com sabor amargo. No entanto podem também ser encontradas sob a forma de cápsulas, comprimidos, pó (geralmente branco, mas também pode ser amarelo ou rosa), tabletes ou líquido. As anfetaminas, quando vendidas ilegalmente, podem ser misturadas com outras substâncias, tornando-as bastante perigosas. São, por vezes, chamadas de droga “suja”, dado que o seu grau de pureza pode ser de apenas 5%.
São geralmente consumidas por via oral, intravenosa (diluídas em água), fumadas ou aspiradas (em pó). A forma menos prejudicial e consumir anfetaminas é engolindo-as (não misturadas com álcool). A inalação danifica as mucosas do nariz e injectar é a forma mais perigosa de usar esta ou qualquer outra droga, dado que aumenta o risco de overdose e de problemas físicos ou contágio de doenças.
As anfetaminas estimulam o Sistema Nervoso, actuando na noroadrenalina, um neurotransmissor. Os sistemas dopaminérgicos e serotonérgicos são também afectados. Imitam os efeitos da adrenalina e noradrenalina – permitem ao corpo efectuar actividades físicas em situações de stress.
Têm sido principalmente utilizadas para tratamento da obesidade, uma vez que provocam perda de apetite. Foram também bastante utilizadas para tratar depressão, epilepsia, Parkinson, narcolepsia e danos cerebrais em crianças. Existem vários produtos à venda no mercado: Benzedrine, Bifetamina, Dexedrine, Dexamil, Methedrine, Desoxyn, Desbutal, Obedrin e Amphaplex.
O consumo de anfetaminas pode provocar hiper-actividade e uma grande necessidade de movimento, às quais pode associar-se o aumento da atenção e concentração (daí o seu uso por estudantes). Paralelamente, a pessoa pode perder o sono e a fome. O estado de excitação nervosa, euforia, loquacidade e aumento do grau de confiança, pode resultar numa diminuição da auto-crítica.
No entanto, os efeitos positivos transformam-se em negativos com alguma rapidez, podendo a pessoa experimentar fadiga, depressão, apatia ou agressividade (ocasionalmente). Os efeitos duram entre 6 a 12 horas.
O consumo de anfetaminas pode provocar sede, transpiração, desidratação, diarreia, taquicardia, aumento da tensão arterial, náuseas, má disposição, dor de cabeça, tonturas, vertigens, sono conturbado e pouco reparador. São frequentes tiques exagerados e anormais da mandíbula ou movimentos estereotipados. Nos casos de perda de apetite devido ao uso constante de anfetaminas, poderá ocorrer o risco de desenvolvimento de uma anorexia nervosa, desnutrição e até morte.
O consumo crónico pode conduzir a uma acentuada perda de peso e exaustão, redução da resistência às infecções, testículos volumosos e doridos, tremores, ataxia, perturbações no ritmo cardíaco, dores nos músculos e nas articulações. Pode ainda ocorrer falha súbita no coração, por exemplo no caso de atletas dopados.
É possível a ocorrência de uma reação tóxica no organismo - psicose anfetamínica – com duração variável (até algumas semanas), a qual se caracteriza por irritabilidade, hiper-excitabilidade, insónia, tremores, alucinações e até a morte, em casos extremos. É confundida frequentemente com esquizofrenia.
A sobredosagem pode provocar inquietação, alucinações, aumento da temperatura corporal, taquicardia, náuseas, vómitos, cãibras no abdómen, fortes dores no peito, insuficiência respiratória e cianose, aumento da circulação sanguínea, dificuldade de micção, perda de consciência, convulsões e morte.
Um comentário:
Amigos, faltou apenas um pouco mais de organização dos assuntos. Nota 4,5. Abraços
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